Em O mundo de Beakman, o amalucado Professor Beakman e sua turma mostravam que a ciência podia ser muito divertida. O programa, que foi ao ar entre 1992 e 1998 nos EUA, chegava a receber 1000 cartas por semana com dúvidas enviadas por crianças – de vulcões a espinhas, aparecia de tudo um pouco. E a gente adorava.
Abertura:
Você sabe quem é Paul Zaloom?
Ele era o apresentador de “O Mundo de Beakman”, um dos programas infantis mais nerds dos anos 1990. Com a ajuda dos personagens Lester e Liza, o cientista Beakman encantou crianças do mundo inteiro ao explicar fatos científicos de maneira engraçada e dinâmica em seu show na TV. Foi tanto sucesso que o programa foi exibido em mais de 90 países diferentes.
Nesta lista, você descobre 9 coisas que, provavelmente, não sabe sobre esse programa tão querido:
1. Vamos começar com uma previsível, mas que pode decepcionar muita gente: Paul Zaloom não é um cientista de verdade. Ele estudou na escola preparatória “Choate School”, em Connecticut, e começou sua carreira artística no Goddard College, em Vermont.
2. Zaloom contou que a inspiração para o programa veio de uma tirinha de quadrinhos escrita por Jok Church. Na história de “You Can With Beakman and Jax”, dois personagens respondem a questões sobre ciência, tecnologia e história “enviadas” por leitores. Bem parecido com o programa que foi ao ar.
3. Falando nisso, enquanto o programa estava no ar, o show recebia mais de 1000 cartas por semana. Elas vinham de crianças, adultos e professores dos Estados Unidos, Canadá e até da Suécia.
4. A ideia para o show não foi de Zaloom, mas ele diz que foi o único “louco” que aceitou participar do projeto. “Ajudei a criar o show sabendo que não ia ficar rico ou ganhar créditos por isso”, contou.
5. Apesar de ser um programa com proposta educativa, muitos professores não gostavam de “O Mundo de Beakman” por considerar vulgares os temas tratados. “Mas crianças são fascinadas por peidos, soluços, xixi…por que não falar sobre isso de forma científica?”, questionou Zaloom durante uma palestra.
6. Ele também explicou que o programa era todo pensado para estimular a participação das crianças. “Queríamos que elas fizessem as experiências em casa. Quanto mais próximas elas estiverem da ciência, mais aprendem”, disse Zaloom. Além disso, o show procurava formas de manter a atenção do público infantil. As duas câmeras usadas na gravação ficavam fixas e o que se moviam eram os personagens no set. Outra coisa impressionante é a quantidade de efeitos sonoros usados: são mais de 5 mil em cada meia hora de episódio.
7. Segundo Zaloom, o programa só teve espaço na TV por obra do governo americano: em 1991, um ano antes do show estrear, todos os canais de televisão foram obrigados a incluir uma programação educativa infantil para poder renovar suas licenças de funcionamento. “Os canais estavam infelizes. Eles preferiam passar “Os Flinstones” para ensinar as crianças sobre o passado e “Os Jetsons” sobre o futuro. Absurdo!”, disse.
8. Além de ator, Paul Zaloom é controlador de marionetes, cineasta, ventríloquo e satirista político (que critica desde a indústria de cigarros à prisão de Guantánamo). Aliás, ele conta que sua experiência em transformar assuntos políticos em entretenimento foi essencial para conseguir falar de ciência de uma forma engraçada como Beakman. “Você precisa entender o quão complexo algo é para saber explicá-lo de forma simples“.
9. Zaloom falou da sua relação com Mark Ritts, o ator que interpretava o rato Lester, ajudante de laboratório de Beakman. “Além de ser muito inteligente e um excelente ator, ele era uma grande pessoa”. Ritts morreu de câncer em 2009. Em 1968, ele se formou em literatura inglesa na conceituada faculdade Harvard.
Imagens: 1 – Alexandre Carvalho/INFO; 2 – Jim Moore/Zaloom.com; 3 – Reprodução/BeakmanLive!; 4 - Howard Wise/Zaloom.com; 5 – Reprodução
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